O candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) disse nessa quarta-feira (15) que vai priorizar a educação básica e quer ser o “presidente da primeira infância”. Alckmin disse que se eleito vai incluir as 500 mil crianças de 4 e 5 anos que ainda estão fora da escola e deveriam estar matriculadas na pré-escola. A afirmação foi feita durante entrevista da série de encontros "Diálogos Educação Já", que reúne pré-candidatos para debater temas exclusivos sobre educação básica pública. O evento foi promovido pelo movimento Todos Pela Educação e pelo jornal "Folha de S. Paulo", em São Paulo. O próximo encontro será nesta quinta-feira (16) com Fernando Haddad, candidato à vice-Presidência pelo PT. Os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) já participaram. Alckmin afirmou também que vai ampliar o número de vagas nas creches que atendem crianças de zero a 3 anos – hoje só 30% dos alunos nesta faixa etária estão matriculados. “Eu pretendo ser o presidente da primeira infância. Nós não podemos simplificar, fazer uma coisa simplista com creche, não. É muito mais do que isso, é envolver os vários ministérios [...], ter prontuário eletrônico, acompanhar as mães, com a visitação às famílias. Haverá toda prioridade para a criança de 0 a 6 anos de idade, e aí meta clara: nenhuma criança de 4 a 5 anos fora da EMEI, da pré-escola. E, é claro, depois um grande apoio ao ensino fundamental.”

Quando questionado sobre qual será sua política para atrair os jovens à carreira docente, Alckmin disse que estuda implementar uma bolsa para incentivar os alunos que se destacam na universidade sigam a carreira de professor. “Essa é uma questão central, por que não tem escola boa se não tiver bons professores. Então, reconhecimento é importante, aperfeiçoamento permanente, valorização, carreira, salário, você tem um conjunto de fatores. Como atrair o jovem da universidade, os melhores talentos, os melhores quadros, para o magistério? Nós até estudamos uma 'bolsa professor futuro', em que nós vamos identificar na universidade bons talentos, dar a ele uma bolsa, estimulá-lo, depois também na universidade, para que ele se dedique ao magistério”.

O candidato disse que apoia a reforma do ensino médio, implementada via Medida Provisória em 2017, pois ele entende que ela permite que alunos busquem caminhos diferentes, seja no empreendedorismo, no mercado profissional ou mesmo no ensino superior. “Eu acho que a reforma do ensino médio foi correta. Por que ela saiu daquele modelo antigo de você ter que escolher com 14 anos sem saber o que fazer, e também, deixou de ser aquele ensino médio chato que era igual para todo mundo até o final e o aluno muitas vezes questionava o porquê daquela determinada disciplina. Eu acho que ela foi correta [a reforma], ela busca contemplar quem quer ir para o mercado de trabalho, quem quer empreender, quem quer ir para universidade e acho que ela vai ajudar a diminuir a evasão escolar. E a minha meta é reduzir em 50% a evasão escolar”.

Fonte: Agência Brasil
Finalidade: Educacional