Depois de quatro quedas consecutivas, o Brasil conseguiu frear a redução da porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investida na área de educação, do ensino fundamental ao superior. Porém, o valor gasto pelo governo para cada estudante segue estagnado há três anos no Brasil, e se mantém bem abaixo da média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados são do estudo Education at a Glance ("Educação em revista", na tradução livre do inglês), divulgado nesta terça-feira (11). “O Brasil investe uma parte relativamente alta tanto de seu produto interno bruto (PIB) quanto do total de gastos públicos na educação. Porém, o gasto por aluno ainda está atrás da maior parte dos países-parceiros e da OCDE”, diz o relatório. Divulgado anualmente, o documento de 2018 analisa o sistema de educação de 36 países-membros da OCDE, além de dez países-parceiros, como o Brasil, a Argentina, a China, a Rússia e a África do Sul, entre outros. Os dados do relatório divulgado nesta terça-feira se referem ao ano de 2015, quando o Brasil atingiu a porcentagem de 5% do PIB investido à educação primária, secundária e terciária – o equivalente ao ensino fundamental 1 até o ensino superior. O valor é o mesmo que a média da OCDE e representa a primeira vez em quatro edições que o país conseguiu frear as quedas consecutivas, mas segue distante do valor registrado em 2011, quando 5,9% do PIB foi investido na educação. Apesar de investir mais do que outros países em termos absolutos, os dados da OCDE mostram, porém, que o Brasil ainda é um dos países que menos gasta por aluno. O país responde também por uma das redes públicas de ensino com mais alunos entre os países analisados.

Fonte: G1
Finalidade: Educacional