O futuro ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicação, o astronauta Marcos Pontes, informou nesta quinta-feira (6) que a gestão do ensino superior permanecerá no Ministério da Educação no governo de Jair Bolsonaro. Após a vitória de Bolsonaro na eleição presidencial, no final de outubro, foi cogitada a possibilidade de o ensino superior ficar no guarda-chuva do Ministério da Ciência e Tecnologia, deixando a estrutura da Educação. A ideia, contudo, foi abandonada, segundo Pontes, que concedeu entrevista no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição. O próprio Bolsonaro já havia dito que a gestão do ensino superior "deveria" ficar com o MEC. "Ensino superior permanece com o Ministério da Educação. E essa relação da educação com a ciência e tecnologia é primordial", disse Pontes. Primeiro e único astronauta brasileiro a viajar para o espaço, Pontes defendeu parcerias com o Ministério da Educação para realizar atividades de ciência nos ensinos fundamental e médio. Sobre a estrutura de sua pasta, Pontes confirmou que permanecerá com a gestão dos Correios. “Por enquanto”, a privatização da instituição “não está na pauta” do governo Bolsonaro, disse o ministro. Pontes ainda destacou que o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) deverá ficar Ciência e Tecnologia. O Inmetro atualmente fica no Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que será absorvido pela futura pasta da Economia. A respeito da possibilidade de o Brasil deixar o Acordo de Paris, Pontes declarou que sua pasta tem a “obrigação” de passar as informações sobre o assunto a Bolsonaro. “As Informações todas serão levadas ao presidente, logicamente quem tem o poder de decisão é o presidente, nós temos a obrigação de informar sobre esses assuntos”, disse.
Fonte: G1
Finalidade: Educacional