O colombiano Ricardo Vélez Rodríguez, escolhido por Jair Bolsonaro para comandar a Educação, postou em seu blog, em setembro deste ano, trecho de entrevista de 2004 na qual defendeu que “todas as escolas deveriam ter Conselhos de Ética que zelassem pela reta educação moral dos alunos”. “Não se trata de comitês de moralismo, nem de juntas de censura”, disse. “Trata-se de institucionalizar a reflexão sobre (…) a forma que cada escola está correspondendo a essa exigência”. Vélez foi indicado para o posto pelo filósofo Olavo de Carvalho. Ele mesmo reconheceu e agradeceu o padrinho em post no blog, dia 7 de novembro. O site –que não é o único espaço abastecido pelo colombiano com textos– dá uma ideia da cartilha pela qual ele reza. No texto em que comentou a indicação de seu nome, intitulado “Um roteiro para o MEC”, Vélez prega a refundação do ministério para acabar com uma estrutura que teria sido posta para “desmontar valores tradicionais da nossa sociedade, (…) da família, da religião, da cidadania, em soma, do patriotismo”. “Em outra postagem, ele diz que, “contra o globalismo politicamente correto que adotou a maluca proposta da ‘educação de gênero’, devemos nos erguer com persistência. Essa maluquice, esse crime contra as nossas famílias, não pode prosperar.” “Escola sem partido. Esta é uma providência fundamental”, sentenciou.

 

Fonte: Folha.com

Finalidade: Educacional