Sete estados (AM, RR, PA, AP, BA, RJ e SP) e o Distrito Federal tiveram queda nos resultados do ensino médio dentro do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é o principal indicador sobre a qualidade do ensino no Brasil. Os dados do Ideb 2017 foram divulgados nesta segunda-feira (3). Eles mostram ainda que, ao considerarmos todo o país, somente os anos iniciais do ensino fundamental alcançaram as metas intermediárias definidas para o ano passado. Todo o ensino médio e os anos finais do ensino fundamental ficaram abaixo e apresentaram queda em ao menos um cenário. O ensino médio, considerando a rede pública e privada, teve crescimento de 0,1 ponto entre 2015 e 2017: passou de 3,7 para 3,8. Mas se considerada apenas a rede estadual, responsável por 84,6% das matrículas nesta etapa do ensino, o Ideb ficou estagnado e teve um crescimento modesto nos últimos anos (em 2015 e em 2017 era 3,5; em 2009 era 3,4). O ministro da Educação, Rossieli Soares, disse durante a apresentação dos dados nesta segunda que "a chance de cumprirmos as metas estabelecidas para o ensino médio é nula." "Neste formato, neste ritmo nós não cumpriremos as metas em 2021. Se continuarmos desse jeito, não cumpriremos em décadas. [...] O ensino médio está estagnado. A discussão do modelo tem a ver com isso. É nítido que temos uma estagnação." Soares destaca que nenhum estado cumpre a meta estabelecida para o ensino médio e que esta etapa de ensino não acompanha o crescimento das fases anteriores, no ensino fundamental. "Não só as redes públicas, mas também as redes privadas têm desafios para cumprir as suas metas." Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Brasil alcançou em 2017 um índice igual a 5,8, considerando as redes pública e privada, superando em 0,3 ponto a meta proposta. Entretanto, se excluída a rede privada do resultado, o Ideb nos anos iniciais é justamente 0,3 ponto inferior.

 

Fonte: G1

Finalidade: Educacional