No Brasil, há mais de 35 milhões de estudantes matriculados no ensino fundamental e médio. Entre eles, mais de sete milhões vão à escola, porém estão em situação de "distorção idade-série", isto é, possuem dois ou mais anos de atraso escolar. Esses dados fazem parte do estudo “Panorama da distorção de idade-série no Brasil”, divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O projeto traz um diagnóstico do atraso escolar por etapa de ensino na educação básica. Para elaborar o documento, foram considerados os seguintes aspectos: cor, raça e gênero; regiões brasileiras; áreas rural e urbana e outros recortes territoriais; situação das crianças e adolescentes com deficiência; Censo Escolar 2017 do Inep/MEC. De acordo com o Unicef, a partir do estudo foi possível identificar que no ensino médio mais de 2,2 milhões de adolescentes estão em situação de distorção idade-série, o que corresponde a 28% dos jovens dessa etapa. Esse é o maior percentual de estudantes com dois ou mais anos de atraso escolar. As regiões brasileiras apresentaram de forma desigual a distorção de idade-série. Segundo a pesquisa, os indicadores mais elevados estão no Norte e Nordeste, com 41% e 36%, respectivamente. Nas zonas urbanas, as populações indígenas e negras são as mais afetadas no que se refere à taxa de estudantes que estão com dois ou mais anos de atraso escolar:

 

Fonte: G1

Finalidade: Educacional