Anunciado como futuro ministro da Educação pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o filósofo colombiano Ricardo Vélez Rodríguez divulgou uma carta nesta sexta-feira, 23, em que fala sobre como pretende administrar a pasta a partir de janeiro. Nos sete parágrafos do texto, Vélez Rodríguez diz que alinhará a gestão da educação no país a “valores caros à sociedade brasileira”, classificada por ele como “conservadora e avessa a experiências que pretendem passar por cima de valores tradicionais ligados à preservação da família e da moral humanista”. Em outro ponto da carta, ele prega que a legislação e a gestão da pasta devem considerar “primordialmente a dignidade das pessoas envolvidas, tanto os alunos quanto suas famílias, tanto os professores quanto os administradores” e observa uma “desvalorização da figura dos professores, notadamente no ensino fundamental e médio”. A indicação do colombiano, que critica a “república dos favores” em sua missiva, deu-se após a bancada evangélica e líderes neopentecostais como Silas Malafaia, pastor da Assembleia de Deus, aliado de Bolsonaro, vetarem o nome do educador Mozart Neves Ramos para a pasta. Diretor do Instituto Ayrton Senna, Ramos havia sido escolhido pelo presidente eleito para o cargo, mas acabou preterido. A definição pelo colombiano também teve influência do filósofo conservador Olavo de Carvalho, conselheiro de Bolsonaro e seus filhos.

“Tive a honra de ser nomeado Ministro de Educação pelo presidente eleito Jair Messias Bolsonaro. O motivo que me levou a apoiar a candidatura à Presidência da República do candidato Bolsonaro foi simples: ele externou a opinião da grande maioria do povo brasileiro, explicitada no desejo de ver consolidada uma nova forma de fazer política, longe das velhas práticas clientelistas e da tradicional negociação de cargos por benefícios pessoais.

No cenário político que antecedeu as eleições, o candidato Jair Bolsonaro afinou-se com o desejo da grande massa dos setores populares, que estava cansada da república dos favores.

As passeatas que percorreram ruas e praças Brasil afora, desde 2013, tinham como cerne a motivação de buscar uma nova forma de administrar o Brasil: em benefício dos cidadãos, que pagam impostos, colocando em função deles as instituições republicanas, corroídas pela corrupção em larga escala revelada pela Operação Lava Jato. O candidato Bolsonaro explicitou esse desejo dos eleitores no seu slogan: “Menos Brasília e mais Brasil”.”

 

Fonte: Veja.com

Finalidade: Educacional